Discurso - "Não podemos aumentar mais impostos, mas diminuir as despesas do Estado"
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O SR. MISAEL VARELLA (DEM-MG) PRONUNCIA O SEGUINTE DISCURSO:
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o brasileiro começa a se preocupar com o dragão da inflação que o ameaça não importa onde, no trabalho, em casa junto aos seus, à noite... A forte alta da energia elétrica fez com que passasse a ameaçar ainda mais de perto, ao responder por mais da metade do índice de 1,32% em março, o maior em 12 anos.
O aumento da conta de luz, que no Brasil foi, em média, de 22,08%, teve impacto de 0,71 ponto percentual, sendo responsável por 53,79% do IPCA. A inflação do mês passado é a mais alta desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para março em 20 anos.
Com a ilustração de um enorme dragão ligado na tomada, o jornal Estado de Minas mostrou que a tarifa elétrica subiu 23,61% só em março. A inflação medida pelo IBGE em Belo Horizontevariou 1,48%, ficando acima da nacional. No índice divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), a elevação de preços na capital foi de 1,25%.
E continua o jornal: Da cebola ao corte de cabelo. Do pão francês à calça jeans. Se antes a alimentação era a grande vilã da inflação, o mês de março virou a mesa e mostra agora que, com a alta expressiva nas tarifas de energia no país - aumento médio de 22,08% -, o dragão atacou para todos os lados.
Comer, morar e se locomover no Brasil está mais caro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico - (IBGE) e divulgado no dia 8 p.p, passou de 1,22% em fevereiro para 1,32% em março - a maior taxa desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior alta para o mês desde 1995 (1,55%).
"O percentual é considerado, por especialistas, atípico para o período e preocupante, uma vez que a inflação dispersou em 74% dos itens pesquisados, representando um risco de uma taxa de juros cada vez mais alta. No ano, a alta foi de 2,83% e no acumulado em 12 meses, o percentual foi 8,13% - também a maior taxa desde 2003 e bem acima do teto da meta de 6,5%, do governo federal."
Sr. Presidente, tudo encareceu demais. Nada diminui de preço, observou a dona de casa Maria Ângela Aparecida. Ela se confessa pessimista com o futuro: "O meu medo éonde isso vai parar". De fato, não podemos aumentar mais impostos, mas diminuir as despesas do Estado.
Tenho dito.